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Basta o primeiro dia para se encantar pela Rota de Lares do Mountain Lodges

Sorriso fácil, brilho nos olhos e os coloridos trajes de rotina. Carismático, o líder comunitário Julian Maqque Ccoyo parecia feliz ao receber a mim e a meu grupo de 10 pessoas na pacata comunidade rural de Viacha, nas alturas dos Andes peruano. Era o primeiro dos meus 5 dias indo de Cusco até Machu Picchu […]

Sorriso fácil, brilho nos olhos e os coloridos trajes de rotina. Carismático, o líder comunitário Julian Maqque Ccoyo parecia feliz ao receber a mim e a meu grupo de 10 pessoas na pacata comunidade rural de Viacha, nas alturas dos Andes peruano. Era o primeiro dos meus 5 dias indo de Cusco até Machu Picchu pela Rota de Lares e Vale Sagrado. Eu não sabia o que nos esperava. Seria difícil o trekking do primeiro dia? O que comeríamos? Como seria a interação com a comunidade e a imersão cultural proposta pelo Mountain Lodges of Peru?
Apaixonado por compartilhar suas raízes, Julian nos tratou como se fôssemos da família. Em um galpão rústico mas confortável, ofereceu o chá de folhas de coca e nos levou a uma mesa com dezenas de tubérculos de cores e formas distintas. “Tudo isso pode ser colhido nestes campos”, contou o descendente de incas, fazendo questão de usar palavras em quechua, a língua do seu povo. Mesmo vindo de um país rico em diversidade como o Brasil, me surpreendi com as mais de 1.000 variedades de batatas e 35 tipos de milho da região.

O melhor estava por vir. Em seguida, Julián e sua família nos levaram para fora da casa e apresentaram a pachamanca, método de cozimento de alimentos sob a terra, em uma espécie de forno natural. Ao desenterrar nossa refeição, o aroma de carnes, legumes e – é claro –, deliciosas batatas e milhos encheu o ar. No andar de cima da casa, comemos à vontade e entendemos por que o Peru tem hoje a gastronomia mais valiosa do planeta.

Antes da despedida calorosa de Julian e sua comunidade, ele liderou o ritual das folhas de coca. Para pedir licença aos apus, como são chamados os espíritos das montanhas, sopramos algumas folhas em direção aos quatros pontos cardeais. E partimos para a primeira caminhada da viagem, em uma trilha suave que desce às seculares ruínas incas de Pisaq. Tudo isso pelo caminho mais cênico, sem cruzar com outros viajantes, beirando paredões mágicos que abrigam múmias ancestrais. E pensar que aquele era apenas o primeiro dia da viagem…

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